domingo, 27 de fevereiro de 2011

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estágio foi muito produtivo e possibilitou a mim uma nova maneira de ver a Educação Infantil. O exercício de fazer, buscar suporte na teoria, refazer, entender, buscar respostas, despir-se dos discursos prontos do senso comum e observar os alunos e suas manifestações – mesmo sendo eles tão pequenos – possibilitou que eu adquirisse aprendizagens sobre esta etapa da educação que nenhuma aula (por melhor que fosse) poderia proporcionar.
E a literatura infantil foi uma grande aliada nesta mudança. A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. Pensadores como Paulo Freire apontam para o reconhecimento de que a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura da palavra escrita implica na ampliação da possibilidade da leitura do mundo.
As crianças têm, na infância, o melhor tempo disponível para ouvir ou fazer uma leitura descompromissada, movidas apenas pela curiosidade, pelo prazer, pelo descobrimento. Nosso papel é o de oferecer, desde cedo, o contato com obras-primas, com leitura ou “contação” de boa qualidade. Com isso é possível que a criança tenha uma formação e um desenvolvimento mais completo, mais interessante. Já disseram, mais de um educador, que a criança que cresce ouvindo histórias cresce mais feliz.
Portanto a leitura é expressão estética da vida através da palavra escrita e contribui significativamente para a formação da pessoa, influindo nas formas de se encarar a vida. A criança é imaginativa, exercita a realidade através da fantasia, mas precisa de materiais exteriores – todas as formas de escrita – contos, histórias, fábulas, poemas, cantigas, para se constituir como pessoa.
[...] Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento.[...] ( Capítulo 1 do livro “Literatura Infantil: gostosuras e bobices”, de Fanny Abramovich)
Utilizar da literatura infantil para criar um ambiente onde a criança vivenciasse as mais diversas situações, desenvolvendo seus aspectos cognitivo e social, interagindo a apropriando-se de novos conhecimentos que permearão toda a sua vida foi uma ótima oportunidade de construção do conhecimentos junto de meus alunos.Levá-los ao mundo da imaginação e a descobrirem o maravilhoso universo da literatura infantil, desenvolvendo a criatividade, percepção de diferentes resoluções de problemas, autonomia e criticidade ficara marcado para sempre em minha vida.
[...] A escola é, hoje, o espaço privilegiado, em que deverão ser lançadas as bases para a formação do indivíduo. E, nesse espaço, privilegiamos os estudos literários, pois, de maneira mais abrangente do que quaisquer outros, eles estimulam o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas significações; a consciência do eu em relação ao outro; a leitura do mundo em seus vários níveis e, principalmente, dinamizam o estudo e conhecimento da língua, da expressão verbal significativa e consciente - condição sine qua non para a plena realidade do ser [...]. (COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000. página 16)

PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO PARA O TCC

O trabalho desenvolvido durante este estágio foi uma fonte interessante de informações e possibilidades de estudos. Porém algumas ficaram mais evidentes e necessitariam de um pouco mais de aprofundamento.
Acredito que a questão do desenvolvimento da identidade e da autonomia , mencionado no planejamento as semana 3, ligados ao processo de socialização poderia ser aprofundado. Poderia ser retomado esta questão através da investigação mais profunda da importância da cultura local no desenvolvimento social da criança.
O outro ponto que destaco, é o das regras e limites na escola . Isso devido ao ocorrido no planejamento da semana 4, onde a auxiliar da turma relata problemas entre os alunos.
A educação hoje, de uma maneira geral, privilegia a autonomia e a liberdade de expressão infantil. A relação dos pais e professores com as crianças se baseia no diálogo, na negociação, na tolerância e na afetividade. A família e a escola só não podem abandonar seus respectivos papéis de autoridade diante da formação da criança, pois, é a partir deles que ocorre a boa socialização que leva a criança a reconhecer seus limites e os dos outros.
Para aprofundarmos este ponto poderíamos investigar a importância dos limites e regras na Educação Infantil e sua contribuição para o desenvolvimento da criança. Verificar através de entrevistas como os profissionais lidam com a indisciplina em sala de aula. E quanto as famílias, como lidam com os limites impostos aos seus filhos? Qual seria o papel dos pais nesta formação?

E agora...

Bem estou chegando ao fim desta jornada. Desta vez parece que tudo vai dar certo. Confesso que fiquei cansada, minha vida ultimamente não anda nada fácil. Faz dois anos que estou enfrentando sérios problemas particulares. Quando acho que as coisas vão melhorar aparece outra e tudo volta para trás. Espero, sinceramente que tudo isso passe o mais rápido possível, para que eu possa curtir a conclusão do PEAD mais tranquila e aproveitar melhor as oportunidades que este curso nos dá. Apesar disso tudo, posso dizer que melhorei muito a minha visão de educação. Passei a experimentar mais com meus alunos e meus planejamentos estão mais voltados aos alunos, com o perfil deles. Minhas atividades estão mais diversificadas e procuro buscar na tecnologia novas formas de trabalho e de ampliar a visão de mundo de meus pequenos. Nas conversas com as colegas de trabalho passei a argumentar com muito mais propriedade e hoje discuto sobre as questões educacionais mostrando a todos o meu crescimento profissional. Isso me deixa satisfeita e com um pouco de alívio, devido as dificuldades enfrentadas. Enfim, aguardo a sequencia disso, pois acredito que na vida tudo tem um propósito.

O ingresso no PEAD


O meu ingresso no Pead foi mero acaso, eu estava trabalhando e uma colega chegou com o Jornal NH dizendo que tinha saído o vestibular da UFRGS. Li a matéria e fiz a inscrição no outro dia. Confesso que no dia do vestibular eu não estava muito animada, pois não tinha estudado. A surpresa foi grande quando vi meu nome no listão.
Foi de grande importância o meu ingresso no Pead, pois na fase em que eu me encontrava profissionalmente um curso superior seria importantíssimo. Mas devido a dificuldades financeiras eu não teria condições de pagar um curso. Passar neste vestibular me trouxe a possibilidade real de freqüentar um curso superior, ampliar meus conhecimentos na área que escolhi e, sobretudo ter condições de concluir mais uma etapa da minha vida sem que precisasse contar moedas para poder pagar a universidade.
Agora ela está chegando ao fim...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Semana 7 -

Iniciamos a Segunda-feira com a roda da novidade, onde quase todos os alunos estavam bastante empolgados em poder contar o que fizeram no final de semana. O Luciano estava bem agitado e não quis participar da roda da novidade. Conversando com ele soube que ele havia ficado triste com a mamãe que não deixou ele ir até a casa de um amiguinho brincar. O amigo, no caso, é o colega Eduardo que mora ao lado de sua casa. A mãe do Luciano já tinha me dito que ele estava bastante "bravo", porque ela não havia deixado ele ir na casa do amigo, pois já era muito tarde da noite. Conversei muito com o Luciano, para que ele entendesse melhor esta situação. A turma adorou a aula da profesora Dani, principalmente a história contada. Os desenhos da turma ficaram muito bons e a turma tende a melhorar ainda mais sua habilidade em manusear o mouse e o teclado do computador.
Na Quarta-feira relembramos as regras que combinamos em nossa sala de aula. Fizemos a leitura e depois os alunos puderam falar sobre quais estavam sendo cumpridas ou não pela nossa turma. Os alunos se manifestaram de forma participativa, com destaque para o Gustavo P., Heitor, Laura, Valéria, Camili e Maria Júlia que abertamente falaram quais os colegas que não estavam participando das combinações de forma correta. Os quebra-cabeça pintados pelos alunos ficaram bons e a turma gostou bastante de poder confeccioná-los. Noto que a cada dia que passa os progressos dos alunos Gustavo B., Jhordan e Gabriel, que aparentemente estavam "atrasados" em relação aos demais, são bem significativos. Inclusive a escrita do próprio nome já está bem melhor e na maioria das vezes eles não precisam mais do auxílio da professora. O brinquedo de casa foi realizado apenas na parte da tarde devido a falta de tempo. Os alunos estavam anciosos por este momento, pois a maioria trouxe de casa bicicleta e motoca o que é motivo de grande euforia.
Já na quinta-feira, os alunos adoraram fazer a leitura dos livrinhos de história. Num primeiro momento pensei em realizar apenas por 20 minutos, mas a turma pediu para continuar a leitura e a mesma acabou por durar 45 minutos. Observando meus alunos, percebi que alguns fazem uso da imaginação para fazer a leitura das ilustrações dos livros. Também me chamou atenção a criatividade da Laura ao contar as histórias. Ela e alguns colegas fizeram uma rodinha e a Laura contou várias histórias, deixando os colegas bastante interessados.
"...Para a vida futura, o desenvolvimento da imaginação na infância é fundamental: de um lado para enfrentar os problemas do dia-a-dia, resolver conflitos, superar situações difíceis ou dolorosas; de outro, para criar novas situações, elaborar novas formas de trabalho, organizar a vida familiar e as ações comunitárias, aprender os conhecimentos que são ensinados na escola..." - Texto Desenvolvimento infantil e imaginação - Adaptado de Como a criança pequena se desenvolve, da autora Elvira Souza Lima, pesquisadora especialista e consultora internacional em Desenvolvimento Humano. Formada em Antropologia, Neurociências e Psicologia, é doutora em Ciências da Educação pela Universidade Sorbonne, na França, e pós-doutora em Sociolingüística e Antropologia pela Universidade Satnford, nos Estados Unidos.

Finalizando os desenhos da turma ficarão muito bons e me chamou atenção que a maioria desenhou um arco-íris. Perguntando a alguns alunos o porque , me disseram que foi porque a Festa no Céu foi no céu e o arco-íris nasce no céu. Com certeza vou usar esta informação dos alunos para realizar uma aula a respeito do arco-íris. Acho que isso vai trazer uma satisfação a todos na sala de aula e o aprendizado com certeza será excelente.
A Sexta-feira foi marcada por uma alegria na turma. Cheguei na sala e todos os alunos estavam muito contentes. Por isso realizar a roda de musica só podia ser um sucesso. O Gustavo P. foi o "cantor" mais empolgado e demonstrou desenvoltura e gosto pela música. Todos cantaram com satisfação várias músicas conhecidas. Depois a turma se dividiu, aleatoriamente e foi brincar com as panelinhas e os animais da fazendinha. A brincadeira de casinha foi a que teve mais destaque e a turma utilizou a minha mesa ( embaixo dela) para criar um ambiente que lembrava a casa deles. As meninas foram as mais participativas e na brincadeira elas representaram exatamente a sua vida, inclusive com um colega interpretando o cachorro da família.
"...É através do processo de experimentação que o mundo social será introduzido gradativamente nas relações infantis, tendo os brinquedos e jogos papel relevante a cumprir nesta tarefa. A sociabilização se faz completa quando pode a criança experimentar no jogo e no brinquedo suas reações, aprendendo a se conhecer. Vygotsky e Leontiev (1988) entendem que as atividades lúdicas não se ligam unicamente ao prazer, pois a imaginação e as regras são características que servem para definir a brincadeira, mesmo que a lógica estabelecida pela situação do jogo não seja formal.A Importância do Brincar na Prática Pedagógica e a Inclusão da Ludicidade no Cotidiano da Escola - Ivone José Ivo
A tarde fizemos a eleição do colega que levaria a maleta literária. O escolhido foi a colega Valéria que ficou muito felizs e eufórica com a escolha.

Conversando sobre a informática na escola

Após o início da aulas de informatica com a minha turma, fui procurar algumas leituras para trazer a colega a fim de auxiliá-la em seus planejamentos. Encontrei um artigo bem interessante que fala da importancia de unirmos as práticas tecnologicas com as teorias da educação. Porém é preciso quebraremos barreiras existentes para que os resultados apareçam. Aliar teorias apenas não basta, mas é fundamental analisarmos nosso trabalho de forma coerente levando em consideração a faixa etária, devenvolvimento viso-motor, linguagem e aplicações lógicas além da estrutura do indivíduo quanto seu aspecto social, neurológico, psicológico e psicomotor são outros
pontos de avaliação. Seguem abaixo um trecho do texto.
"...Mesmo nos dias de hoje, quando falamos no uso de computadores e aplicação de sua ciência por crianças de idade do período de educação infantil, deparamos com crenças, mitos e resistências, não das crianças, sim de educadores e responsáveis.
Na maioria das vezes, estas pessoas que não conseguem entender o porque desta aplicação são aquelas que estão fechadas a novas mudanças e que não percebem de uma tecnologia hoje comum na maioria dos casos.
Para que os resultados apareçam, é necessário quebrar crenças e destruir mitos. O trabalho deve ser feito de forma coerente, e as aplicações obedecerem critérios como pré-requisitos do período aplicado do indivíduo que será trabalhado. As tarefas desenvolvidas são obrigadas a respeitar conceitos como faixa etária, coordenações
motora, visual, auditiva, linguagem e aplicações lógicas. A estrutura do indivíduo quanto seu aspecto social, neurológico, psicológico e psicomotor são outros
pontos de avaliação...A CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO APLICADA NO PERÍODO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - Regina Lucia Napolitano e Felício Felix Batista.ISEP, Mestranda em Ciências Pedagógicas, UNIG, Brasil

Semana 6 - Novidades na turma - Informática

REFLEXÕES SEMANA 6
Nesta segunda-feira iniciou na escola as aulas de informática com a professora Daniela. A minha turma será atendida todas as segundas das 8h e 30 minutos até as 10h e 30 minutos. Neste primeiro dia a professora Dani planejou deixar a turma desenhar livremente para poder acompanhá-los e desta forma ter uma noção do que a turma já sabe a respeito do uso do computador.
Quando cheguei para o trabalho, alguns alunos já estavam em atividade com ela e chegando lá acompanhei seus desenhos. Perguntando a professora sobre como estava o desenvolvimento da turma, ela informou que eles estavam se saindo muito bem. Todos já tinham uma boa noção do equipamento e não tiveram dificuldade nenhuma em realizar os desenho no paint.
Depois, conversamos no tapete a respeito do final de semana,mas todos estavam muito eufóricos e queriam mesmo falar sobre a aula de informática. O Gustavo Padoin disse "...que queria ter aula todos os dias..." A Camili adorou desenhar e poder escolher as cores para pintar. Passei as colocções dos meus alunos para a professora de informática como um retorno do trabalho realizado.
Neste dia , não realizamos a apresentação da história da maleta literária pois o aluno Gustavo Padoin, foi viajar com a família e por conta disso a mãe pediu para ficar até quinta-feira com a maleta para poderem aproveitar mais as histórias.
A Terça-feira foi marcada por uma longa conversa a respeito das combinações que temos em sala de aula. Porém para um melhor entendimento das combinações eu coloquei no centro da rodinha 14 gravuras representando as 14 combinações que temos em sala de aula. Então, um a um, os alunos foram escolhendo uma gravura e mostrando aos colegas. Dando sequencias a turma foi conversando e nomeando as regras.
Neste momento, notei que todos sabiam exatamente qual a regra que o desenho representava, e durante a conversa sobre ela eles passaram a dizer se estavam cumprindo esta combinação ou não. Reforçei bastante a necessidade de cumprirmos o que combinamos dizendo a eles que tudo o que eu combinei com eles ( trabalhinhos, brincadeiras, dvds) eu cumpri, isto é, nunca deixei de fazer o que nós combinamos( eu e eles). Acertamos que iríamos ajudar uns aos outros, para isso, quando um colega visse outro fazendo algo que não era combinado seria lembrado a este colega qual a combinação certa. Isso foi automático, pois passado a conversa, durante o restante da atividade um cuidava do outro lembrando o certo e o errado na sala.
As pinturas ficaram excelentes, todos capricharam bastante para pintar e deixar o cartaz das combinações bem bonito. Como o tempo acabou ficando curto, fomos brincar no pátio e combinamos que a tarde faríamos outra atividade. No pátio meus alunos estavam bem atentos e vários vieram me dizer que alguns coleguinhas não estavam cumprindo o que combinamos. Como a atividade do pátio era coeltiva e julguei impróprio chamá-los para conversar naquele momento. expliquei aqueles que vieram falar comigo que a tarde toda a turma iria conversar sobre estes acontecidos.
A tarde, após a fruta, sentamos para conversar sobre o que havia acontecido no pátio, isto é, se todos haviam lembrado das combiações que fizemos. Todos foram bem sinceros e aqueles que não cumprirar os combinados não esconderam acontecido. Porém se comprometeram que isso não aconteceria mais e que eles lembrariam das combinações feitas na sala de aula. Depois, apresentei a turma o cartaz " HOJE ESTOU", explicando a eles que quando fizemos algo bom nosso coração fica bem cheio, ou GRANDE, como eles disseram e por isso ficamos felizes. Porem quando fizemos algo que não é muito bom, o nosso coração fica vazio, ou PEQUENO, como eles falaram e por isso nos sentimos tristes.
Então mostrei a turma as carinhas tristes e felizes e disse que a partir de hoje cada um iria pensar no que fez na escola e qual a carinha que iria escolher. Todos foram absolutamente sinceros, aqueles que não fizeram as coisas certas falaram que mereciam a carinha triste dizendo o porque. Por exemplo: O Gustavo P. disse que merecia uma carinha triste porque jogou a bola nos colegas lá no pátio. Já o Eduardo disse que merecia uma carinha trsite porque fez a coisa certa e guardou os brinquedos bem direitinho. Foi muito bom poder verificar isso e ver a sinceridade neles.
Já na quarta-feira, mudamos um pouco a atividade, pois nos foi pedido para medir e pesar a turma com urgência. Fizemos isso na parte da manhã e como era dia do brinquedo de casa deixamos as atividades previstas para outro dia. Então, feito o solicitado, a turma foi aproveitar o pátio e brincar com os brinquedos que trouxeram de casa. A tarde, novamente realizamos a escolha das carinhas do humor e todos continuaram muito sinceros, escolhendo as carinhas que realmente mereciam.
A música da Festa no Céu, foi logo aprendida pela turma e a aula da quinta-feira foi um sucesso. Todos adoraram e pediram para cantar várias vezes. Os violões, por consequencia ficaram lindos e bem caprichados e os alunos ficaram orgulhosos ao verem suas criações penduradas na sala de aula. O Gustavo P. Camili, Valéria, Laura e o Luciano foram os mais empolgados e quando foram para a praça com os colegas das outras turmas, fizeram questão de ensinar a musiquinha que tinham aprendido. O Luciano, foi mais além, e ensinou a mamãe a cantar que registrou na agenda a empolgação do Luciano com a atividade realizada.
A Sexta-feira foi modificada, pois eu precisei conversar um pouco com a diretora da escola que precisava de informações sobre a minha colega auxiliar. Por conta disso, a turma ficou brincado com os legos na sala de aula e depois foram para o pátio onde brincaram livremente. A Atividade proposta para a sexta feira será realizada na próxima quarta-feira (03.11.10).
A tarde fizemos a eleição do colega que levaria a maleta literária. O escolhido foi o colega Heitor. Também aconteceu a apresentação do colega Gustavo P. que escolheu a história Aladim e a Lâmpada Maravilhosa. O Gustavo demonstrou uma desenvoltura muito grande para contar em público a história, procurando sempre mostrar as partes o livro conforme ele ia contando. Senti nele uma satisfação enorme em poder dividir com os colegas a sua emoção com a história que ele "leu".

...Continuação da Semana 5 - Novas estratégias

Olha as estratégias que eu falei...

"...Professora Analissa, adorei a idéia das palavrinhas para o dicionário. Não tinha pensado nisso antes. O brincar de ser bichos também é muito legal e acredito que posso explorar isso até nas atividades fisícas como se fosse ginástica de bichos, entende? Também pensei no som dos animais que tal? Como tarefa de casa pensei em trabalhar a ficha dos animais sorteando na sala um animal e pedindo aos pais que façam a pesquisa e também, para as próximas semana pedir aos pais uma filmagem dos filhos com seus bichos de estimação ( APRESENTANDO MEU BICINHO DE ESTIMAÇÃO) já que a maioria gostaria de trazer o seu como fez a Camili com sua Calopsita e nosso espaço seria bem inviável. Porém no lugar das máscaras, pois já confeccionamos no planejamento anterior não sei o que fazer. A não ser que fossem fantasias de animais. utilizando TNT. Será que pode ser?Um abraço...Giovana..."

Analise da semana 5

A importancia dos comentários feitos pelas tutoras, pois nos permitem ir um pouco mais alem e incluir novas estratégias!!!

"...Oi Giovana, as estratégias adotadas estão interessantes, principalmente pela clara articulação entre a história trabalhada e as demais atividades, nas quais enfatizou principalmente as que envolvem animais, assim como na história. Contudo, sugiro que ao explorar a história e depois quando fazem a pintura dos desenhos dos personagens me parece que encerra esta parte. Uma sugestão é que explores as figuras para outros momentos da semana, como por exemplo, quando confeccionará o dicionário ilustrado. Podes utilizar o nome dos animais como as palavrinhas novas. E para o desfile dos bichos de pelúcia, podes pensar em algo que permita que eles também brinquem de ser bichos. Uma ideia é confecionar máscaras para que cada um seja também um bichinho (ou da história ou outro que eles gostem). Abraços! Analissa..."

E vem ai a Semana 5

REFLEXÕES SEMANA 5
A Segunda-feira foi muito boa e a turma estava cheia de novidades para contar. O Rodrigo foi um dos mais falantes contando com alegria o passeio que fez com a família e as brincadeiras com sua cachorrinha Meg. O Gustavo B. também participou muito contando sobre seu passeio de Maria Fumaça em Bento Gonçalves. A apresentação da maleta pelo Rodrigo foi boa, porem no começo ele precisou de ajuda pois não lembrava como começava a história O Gato de Botas. Com esta ajuda ele foi se soltando e apresentou muito bem a historinha. O ensaio dos Músicos do Sesi não aonteceu pois tivemos a apresentação da professora de informática que havia chegado na escola ( Professora Dani). Com isso a apresentação ficou adiada.
Na Terça-feira realizei a hora do conto e a turma adorou. Tivemos a participação da nossa supervisora Shirlei que assistiu com a turma a contação. Os alunos ficaram muito atentos e com isso, souberam responder muito bem os questionamentos. Depois a turma pintou muito bem os personagens da história´, porém os recortes ficaram para a parte da tarde. Contudo, a tarde a auxiliar da turma, que não participou da atividade, sem saber, acabou recortando os personagens. O cartaz ficou lindo.
A Quarta-feira foi ótima e a turma me surpreendeu muito ao identificarem os tipos de convites que apresentei a eles. A maioria mencionou que já tinha recebido muito convites de aniversário. Alguns falaram de convite de casamento recebido pelos pais. Para a confecção dos convites para o nosso desfile, resolvi levá-los para o refeitória onde todos poderiam sentar para realizar a atividade. Utilizando as canetinhas hidrocores, em duplas, eles fizeram lindos desenhos demontrando muita criatividade.
As atividades da quinta-feira não foram bem sucedidas, pois as outras turmas estavam no pátio quando saimos para realiza-las. Como era a turma do maternal, e eles são muito pequenos, acabaram por nos atrapalhar um pouco. Durante as atividades percebi no Gustavo B. uma dificuldade em realizar as mesmas pois ele demonstrou lentidão ao executar os movimentos conforme pedido. O mesmo aconteceu com o Jhordan e com o Luciano. Não posso avaliar se esta dificuldade aconteceu em função da atividade ou se foi da vontade deles em brincar com a outra turma. Digo isso porque eles pediram várias vezes quando eles ia brincar como os outros colegas. Estarei atenta e volto a relatar quando tiver mais informações. Como fomos atrapalhados , acabei por não realizar a brincadeira da serpernte.
Ficaram muito bons os desenhos da turma para a segunda etapa do dicionário ilustrado realizados na Sexta-feira. Noto que a turma esta bem empolgada em poder criar seu dicionário e conhecer novas palavrinhas. A maleta literária será levada pelo aluno Heitor que ficou feliz porque chegou a sua vez.
REFLEXÕES SEMANA 4
Esta foi uma semana, que apesar de curta, muito complicada. Baixou na escola uma atmosfera muito dificíl. Chegando na Quarta-feira na escola, cheia de idéias, me deparei com muitas reclamações por parte da minha colega. Na Segunda-feira ela ficou com a nossa turma sozinha em função do Feriado do Dia dos Professores, e conforme ouvi a turma estava muito agitada e alguns alunos muito indisciplinados.
A pedido dela, que demonstrou uma preocupação muito grande, resolvemos conversar com a turma e criar com eles as regras da sala. Iniciei explicando o que é uma regra e que precisamos dela para conseguirmos fazer as coisas certas e bem organizadas. Usei para isso exemplo da nossa rotina como a hora da escovação para que ficasse bem claro a eles.
Feito isso, pedi que eles ficassem em silêncio e pensassem nas regras que temos na nossa sala. Depois, reunidos em círculo no chão um a um os alunos foram falando as combinações que temos em nossa sala, conforme segue:
- NÃO BRIGAR
- NÃO GRITAR E CORRER NA SALA E CORREDOR
- SER AMIGO
- BRINCAR LEGAL
- NÃO FAZER XIXI NAS CALÇAS
- GUARDAR OS BRINQUEDOS
- COMER TODA A COMIDA
Depois cada um pode falar se estava ou não cumprindo com as regras que eles mesmos falaram. Todos foram muito sinceros e aqueles que haviam se comportado mal se manifestaram contando exatamente o que fizeram de errado. Então, conversamos seriamente e relembramos estas combinações. Porém, na minha sala não tem um cartaz específico com estas regras, então combinei com a turma que eu iria fazer desenhos das regras para colocarmos em nossa sala para que nós sempre lembrássemos delas. Também acertamos que eu iria colocar todos os dias uma carinha feliz para aqueles que lembrassem e seguissem todas as regras e uma carinha triste para aqueles que esquecessem delas. Feito isso, a turma foi para o pátio onde brincou com seu brinquedo trazido de casa.
Repensando a situação ocorrida acredito que será importante trabalhar com meus alunos jogos de regras para que, através deles possamos ensiná-los a conviver com as regras tão presentes em nossa vida. Conforme o andamento do projeto vou acrescentando jogos que possam trabalhar isso em meus alunos.
"...Regras e limites são importantes não apenas para ensinar bons comportamentos, conter impulsos e determinar quem manda em quem. Os limites também ajudam os pequenos a se situarem frente às coisas. Eles passarão a ter noções do certo e do errado e saberão que no mundo lá fora também se depararão com regras.http://www.revistavigor.com.br/2008/05/19/uma-educacao-saudavel-se-faz-com-regras/..."
"
Também não realizamos a roda da novidade com o relato sobre a maleta literária levada pela aluna Camili, pois a mesma não trouxe a maleta pois perdeu alguns livrinhos. A mãe colocou a minha atendente que irá procurar ou comprar novos livros e em função disso "resolveu" não trazer a maleta. Não gostei disso, é claro, mas pedi através de registro na agenda que a mãe enviasse a maleta mesmo assim para que pudéssemos dar sequencia a atividade. Claro que os instrumentos musicais também não foram construidos e farei no próximo dia.
Já na Qunta-feira, com a mudança do dia anterior, é claro que não realizamos o ensaio dos Músicos do Sesi. Neste dia iniciamos a construção dos instrumentos, mas cortei reduzi a construção em dois objetos. Os alunos construiram chocalhos com latas de refrigerante e violão com caixas de perfume e sapatos. Os alunos adoraram, pois antes de iniciar a construção eles manusearam os instrumentos verdadeiros.
A tarde todos puderam se divertir muito no Fulia e Cia. A minha turma estava eufórica e aproveitou todos os brinquedos do local. Saimos de onibus as 14 horas e levamos apenas 10 minutos para chegar lá. Chegando a equipe do Fulia era comporta por 6 pessoas que estavam o tempo todo cuidando dos pequenos para que não houvesse nehum acidente.
As 15 horas e 30 minutos foi servido um lanche bem gostoso com refrigerante e depois as crianças voltaram a brincar até as 17 horas quando fomos de volta a escola. Chegando de volta, meus pequenos estavam tão cansados que se atiraram literalmente no tapete de tão cansados que estavam.
"Ser criança é acreditar que tudo é possível. É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco. É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos.
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles. É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar. Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias. Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser. Gilberto dos Reis"


Como não podia deixar de ser, na Sexta-feira, a minha turma adorou a ida até o Fulia e Cia ontem. Todos falaram muito bem do lugar e apontaram com riqueza de detalhes o que mais gostaram. Os pais que recebi fizeram muitos elogios e adoraram ver a satisfação de seus pequenos. Os desenhos ficaram ótimos e todos estavam muito orgulhosos ao verem suas produções.
Foi emocionante ver a alegria de todos durante e depois do passeio e valeu muito a pena vivenciar isso tudo com eles.

Retorno dos comentários Semana 3

Quando nos dedicamos a realizar algo, e fazemos do empenho e da superação nossos aliados os resultados aparecem...Vejam só!!!
"...Oi Giovana, o planejamento desta semana estava bem interessante, mas com certeza as crianças nos surpreendem e temos que rever nossas estratégias para atender seus anseios e novidades. A 'visita' da calopsita foi uma evidência do envolvimento e da motivação dos teus alunos em relação à proposta que estás desenvolvendo com eles. A maleta literária também, ao que parece, além dos teus objetivos iniciais, também está servindo para aproximar a escola da família dos alunos. Parabéns pelo trabalho. Em relação aos alunos que não fazem relato do seu final de semana, continues a observá-los e, se necessário, encontre outros momentos para conversar com eles, talvez individualmente, para saber se está acontecendo alguma coisa das quais ele não gostaria de compartilhar com os colegas. Além disso, observe também como é a brincadeira destas crianças e o envolvimento delas nas atividades. Muitas vezes, quando a criança está passando por situações problemáticas, evidencia isso através das brincadeiras. Abraços! Analissa..."

Semana 3

REFLEXÕES SEMANA 3
SEGUNDA-FEIRA
A turma estava bem tranquila quando cheguei.Tomamos nosso suco e sentamos em círculo para iniciarmos as conversas sobre como foi nosso final de semana. Todos relataram muito bem o que fizeram nestes dias e notei em especial que a Maria Júlia fez coisas bem diferentes. Ela comentou que foi a Igreja com os pais, que a mamãe cozinhou uma comida bem gostosa, que ela brincou com seu irmão e pela primeira vez não ouvi ela falar que foi a locadora pegar DVD. Isso sempre foi bem comum em suas conversas e dava a impressão de que ela não fazia outra coisa. O Luan também me chamou bastante atenção porque ele relatou com muita calma o que fez no final de semana,o que não é normal. Aliás ele demonstra não gostar de falar sobre seu final de semana. Conversando com minha colega, professora dele no ano passado, ela comentou que ele já era assim e que não havia identificado nenhuma situação que pudesse justificar estas atitudes.
Outro destaque foi o Luciano que não quis falar dizendo que não lembrava o que tinha feito no final de semana. Soube que sua mãe, grávida, está no hospital. Vou observar para ver se pode ser isso pois ele sempre foi muito falante na sala de aula.
Após a roda da novidade, o aluno Eduardo fez sua apresentação sobre a maleta literária. Registrado na agenda por sua mãe e no relátorio(Tema de casa), ela disse que o Eduardo e sua família adoraram a visita da maleta. O cuidado com ela foi muito grande e o Dudu, como é chamado, fazia questão de pedir a todos que tomassem muito cuidado pois era da nossa sala.
Todos participaram da leitura (Pai, Mãe, Avô, Avó e Dinda) e adoraram os livros que foram enviados. O Eduardo escolheu como preferido o clássico João e Maria e fez questão de contar para nós. Confesso que isso me surpreendeu pois ele é muito tímido e fala muito pouco. Mas neste momento se soltou e conseguiu contar muito bem as partes da história que mais gostou.
Outros pais, como o do Luciano, manifestaram na agenda que seus filhos estão muito ansiosos em receber a maleta. Isso está sendo maravilhoso pois percebo que todos ficaram bem entusiasmados com esta novidade.
"...A qualidade da Educação Infantil depende, cada vez mais, da parceria entre a escola e a família. Abrir canais de comunicação, respeitar e acolher os saberes dos pais e ajudar-se mutuamente. Eis algumas ações em que as únicas beneficiadas são as nossas crianças pequenas. (Carraro, 2006) ..."
A hora do conto também foi o máximo. Todos adoraram o ambiente criado, e foi um alvoroço quando desligamos as luzes para iniciar a contação. Senti que a turma prestou bastante atenção e a pedido deles repetimos duas vezes tamanho o sucesso da história. Como eu não estava vendo deixei por conta da auxiliar fotografar e me orientar sobre como as imagens estavam sendo refletidas. Pelo que me lembro esta foi a primeira vez que contei uma história usando este recurso e por alguns momentos as imagens sairam do foco e minha auxiliar me avisou o que eu corrigi da hora. Deixei os alunos experimentarem a manipulação dos fantoches de sombra e eles adoraram. Pediram inclusive para usarem outro dia e combinei que daqui a alguns dias eles poderiam, mas naquele momento precisávamos concluir nossa sugestão de aprendizagem.
Depois realizamos uma conversa sobre o que eles haviam entendido da história e todos comentaram sobre a coragem dos animais em assustar os ladrões. Reforçei com eles as idéias principais como a questão do burro que era bem velhinho mais tinha muito valor e capacidade de fazer tarefas importantes. Também falei da questão de que juntos os animais foram mais fortes e perguntei se eles achavam que sozinhos os animais conseguiriam expulsar os ladrões da casa. A maioria disse que não, mais alguns acharam que sim, dizendo que o burro era grande então seria possível ele asssutar os ladrões.
Finalizando confeccionamos as máscaras que ficaram muito lindas, porém não conseguimos concluir pois começamos bem atrasados em função das rodas de conversa anteriores. Então, os alunos apenas pintaram e amanhã irão realizar a colagem de papéis coloridos.
TERÇA-FEIRA
Neste dia, conforme mencionado, iniciamos conversando sobre a história contada relembrando o que foi mais marcante. Depois concluímos a elaboração das máscaras dos animais colando papéis dourado e prateado. A escolha das máscaras foi feita livremente pelos alunos de acordo com os modelos que apresentei. A turma ficou bem feliz quando concluiram o trabalhinho e receberam elogios de outras professoras. Combinamos que eu iria colocar o elástico, após a secagem e até o final da semana todos usariam para uma outra atividade e depois colocariamos penduradas em nossa sala.
Observando as colagens, percebi que os alunos que apresentam mais dificuldades são o Jhordan e o Luciano. O Jhordan ainda tem pouca noção de quantidade de cola na folha, ora colocando pouco ora bastante. Expliquei a ele como deveria ser e fui ajudando, até que ele conseguiu melhorar. Percebi que pra ele foi uma vitória e senti muita satisfação nele quando concluiu sua atividade.
Já o Luciano a dificuldade fica por conta do fato de ser canhoto, pois ainda não encontrou uma maneira sua de pegar os objetos. Isso causa a ele uma certa irritação e ansiedade o que acaba por comprometer o desenvolvimento das suas atividades. Já conversei bastante com os pais para que o incentivem com atividades onde ele possa manipular objetos e assim encontrar seu modo de pegar as coisas. Com esta ajuda, mais as atividades que desenvolvemos diariamente em sala de aula ele irá melhorar rapidamente.
QUARTA-FEIRA
Que dia esse, cheio de surpresas. Cheguei na escola pronta para por em prática o planejamento do dia. A turma esta gostando muito das atividades e claro que a Hora do Conto foi muito marcante para eles. Tão importante, que ao chegar na sala de aula nesta Quarta-feira me deparei com uma Calopsita numa gaiola. Isso mesmo, a minha aluna Camili trouxe para a sala de aula a sua Calopsita de estimação porque queria mostrar aos colegas e principalmente porque na história que " a profe contou, conforme ela disse para sua mãe, os animais também eram de estimação e não foram cuidados pelos seus donos". Imaginem o que aconteceu.? Quem disse que eu consegui iniciar a aula?
Ao ver a euforia da turma com a chegada da "visita inesperada", lógico, meu planejamento inicial sofreu grandes alterações. Pesquisei rapidamente na internet sobre este tipo de ave, pois eu não sabia nada a respeito dela, e pedi aos alunos que sentassem em círculo no tapete.
Iniciamos uma conversa, pedindo a Camili que falasse um pouco sobre a sua ave. Ela prontamente contou que a Calopsita, que ainda não tem nome, foi um presente de aniversário do seu dindo. Explicou que ela ficava na sua casa e que as vezes a sua mãe a tirava da gaiola para ela poder dar um passeio. Passei então, a explicar algumas informações que consegui a respeito da calopsita e a turma atentamente prestou atenção. Depois todos chegaram bem pertinho e puderam tocar suas penas notando o quanto são macias. Aproveitei para explicar que alguns animais tem penas e outros pêlos. Seguindo mostrei a turma a ração (alimento) da ave e conversamos a respeito da alimentação de alguns animais.
Finalizando, paramos bem quietinho para tentar ouvir o canto da calopsita que era bem baixinho. A turma imitou a vontade o que ouviu e fui explicando que quando ela crescer ela conseguirá cantar pequenas músicas é só ensiná-la. Durante este momento, os outros alunos, que também tem animais de estimação em casa queriam saber quando poderiam trazer os seus. Combinei que falaríamos a tarde pois estava na hora de concluirmos e realizar as atividades no pátio com as outras turmas. Então, como registro, os alunos desenharam a nossa visita usando caneta hidrocor. Os desenhos estão expostos no varal da sala de aula.
QUINTA-FEIRA
Nesta quinta a turma iniciou as atividades empolgados em função de saber, logo que chegaram na escola, que teríamos a tarde uma sessão de cinema em homenagem a Semana da Criança com o filme lançamento Tinker Bells e o resgate da fada, preparado péla direção do Sesi. Iniciei pedindo a todos que ouvissem com atenção algumas músicas instrumentais e depois fui perguntando quais instrumentos eles achavam que fazia aquele som. A turma ouviu atentamente as gravações sendo que o Luan, Gustavo P. e Valéria relacionaram alguns sons corretamente ( violão, bateria e flauta). Fiquei surpresa com a reação positiva deles ao ouvirem as músicas que gravei, pois confesso, estava com dúvidas pois estas músicas não fazem parte do dia a dia deles. Outro detalhe é que o som da escola não era MP3 e como eu havia gravado assim, não rodou o CD. Então precisei usar meu notebook e felizmente deu certo e todos conseguiram ouvir as gravações. As músicas que ouvimos foram:Instrumental Elshewhere Vangelis, André Rieu - Bolero de Ravel, Celta Y Espiritual, Evanescence Origin - My Imortal, Guitarra La Leyende Del Beso, Matrix - Theme Instrumental Piano Y Base de Rap e Metallica Apocaliptica One Instrumental.
Dando sequencia, os alunos manipularam alguns instrumentos musicais para que comparassem o som que ouvirão e o que eram produzidos nos instrumentos. A comparação foi excelente e a turma fez várias observações durante a experimentação. Por exemplo ao manipularem o tambor setiram que o som era "grosso" como eles falaram e, ao ouvirem o som do tambor na música acharam que não era igual pois não parecia forte como eles comentaram. Foi muito boa esta atividade pois a turma teve oportunidade de ouvir diversos sons e diferentes intensidades relacionando inclusive com a altura de suas vozes dentro da sala.
Finalmente, coloquei a musica Clássicos para Bebês de Mozart, e distribui a cada aluno uma folha e uma caneta hidrocor. Expliquei a cada um que ouvissem com muita atenção a música e fossem riscando a folha conforme a música. Para exemplificar pedi que a minha auxiliar realizasse primeiro a atividade a fim de que todos prestassem atenção. O resultado foi muito bom e notei que a maioria prestou muita atenção. Mas, a Laura em especial, me surpreendeu muito. Como usei o Media Player para rodar as musicas, durante sua execução apareciam notas musicais na tela do note. A Laura, que é muito observadora, durante a atividade desenhou as notas musicas perfeitamente. O mais interessante é que quando a musica era calma as notas era desenhadas bem pequenas, quando a musica ficava mais intensa, alta e com o uso de intrumentos mais graves, ela desenhava as notas bem grande. Perguntada a respeito disso ela disse que as notas ficavam lá e dançavam como a musica e ela queria desenhar igual.
Acredito que, ter trabalhando com música na sala, trouxe um enorme ganho a meus alunos que puderam experimentar novas formas de aprendizado, pois a música representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança. E pensando numa visão mais significativa da aprendizagem, que trabalhamos bastante na interdisciplina de Ludicidade, se torna cada vez mais necessária a ludicidade no ambiente educacional de nossos alunos, pois ela é capaz de tornar o aprendizado prazeroso e estimulante. Com isso, pode-se dizer que as crianças estarão bem preparadas para se tornarem cidadãos críticos e capazes de resolverem situações problemas. Compreender o lúdico como um instrumento de superação e inclusão é fundamental, pois quando elas chegam à escola elas já trazem consigo uma grande herança da ludicidade, na medida em que quase tudo que se aprende na infância é decorrente das brincadeiras em seu convívio social. Conforme Mársico (1982, p.148) “[...] uma das tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances, para que toda criança possa ter acesso à música e possa educar-se musicalmente, qualquer que seja o ambiente sócio-cultural de que provenha”. As atividades musicais realizadas na escola não visam a formação de músicos, e sim, através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser. http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte03/musicoterapia.htm
A tarde o cinema foi realizado na nossa sala. Para isso, a direção montou um telão,um retroprojetor , fechou as janelas com TNT preto e preparou muita pipoca doce e salgada. Os alunos não cabiam em si de tanta alegria em poder ir até o cinema. Todos sentaran com cuidado nos tapetes e muito compenetrados participaram da sessão.
Ao final, conversando com meus alunos fiquei surpresa, pois apesar da boa condição financeira, a maioria ainda não tinha ido ao cinema. Confesso que não gostei de saber que tudo isso foi preparado de ultima hora e principalmente não ter incluido isso em meus planejamentos, mas foi muito bom ver meus alunos contentes em poder participar disso tudo.
SEXTA-FEIRA
Como ontem, além do Cinema Surpresa também ficamos sabendo que a escola faria um piquenique coletivo com todas as turmas( Maternal A1, Maternal, Nível A1 e B1), resolvi não confeccionar os instrumentos neste dia devido a esta programação de ultima hora. A turma então confeccionou um uebra-cabeça coletivo da história Musicos de Bremem. Para isso, os alunos foram divididos em grupos e cada grupo recebeu um desenho para pintar, usando lápis de cor, e depois recortar.
Os quebra-cabeças foram pintados com muito capricho e a turma adorou os desenhos perguntando frequentemente se foram feitos por mim. Depois conversamos a respeito do piquenique surpresa e a turma ficou muito motivada para o evento. Feito isso realizei o sorteio da aluna que iria levar a maleta literária. A sorteada foi a Camili, que ficou muito feliz e repetiu várias vezes que iria cuidar muito bem de nosso trabalhinho.
O piquenique foi realizado na minha sala e toda a escola se mobilizou. Quando eu vi as cozinheiras entraram, pedindo licença ( 13h e 30 minutos) e já foram organizando mesas e comidas. Os meus alunos se agitaram muito, pois estávamos neste momento acordando do sono e não esperávamos que fosse assim. Peguei toda a turma e levei para a sala de atividades múltiplas para poder pentear cabelos e conversar com eles antes do evento. Feito isso, voltamos a nossa sala e a turma se divertiu muito. Tudo o que eles gostavam estava ali e puderam se servir sozinhos o que deixou o piquenique ainda mais "legal" como eles mesmos estavam falando. Por fim foi tudo um sucesso e a participação de todos foi excelente.

domingo, 3 de outubro de 2010

Semana 2 - Adaptação

A Semana 2 foi marcada pela mudança no planejamento inicial. Ao chegar na sala nesta quinta-feira, fiquei surpresa ao ver o retorno da aluna em adaptação Rafaela. Ficamos sabendo apenas na Terça-feira a noite que a menina estava adoentada por isso sua ausência nos dias que se passaram. Assim que cheguei já recebi as informações de que desde as 6h e 30 quando a mãe a deixou na escola ela estava chorando. Soube também que a mãe não iria buscá-la mais antes do sono, e sim que ela ficaria o dia inteiro pois não teria ninguém para cuidar dela enquanto a mãe estivesse no trabalho.
Conversei com a Rafaela e consegui que ela se acalmasse um pouco. Organizamos a turma , fizemos nossas combinações e fomos para o pátio realizar as atividades previstas. Neste momento a Rafaela voltou a chorar e a turma acabou por ficar muito agitada e dando sinais de irritação.Pedi a minha auxiliar que a levasse para lavar o rosto no banheiro até eu acalmar os demais e explicar novamente a eles a situação da colega. Como a turma estava muito agitada, fiz de última hora uma modificação nas atividades. E conseguimos realizar algumas delas no pátio fazendo com que a Rafaela participasse um pouco.
Porém quando voltei da minha folga, as 13 h, a colega que ficou com eles comentou que a Rafaela não dormiu chorando e sentindo muitas saudades da mãe. Deitei a seu lado, para que ela se sentisse mais protegida mas não adiantou. Ao acordar a Rafaela, a turma e eu estávamos parecendo bem nervosos. Resolvi então tirá-los daquele ambiente e fomos comer a fruta com a outra turma na praça da escola, não realizando as atividades previstas para aquele momento.
Confesso que eu não estava satisfeita com esta decisão, pois queria realizar a Hora do Conto prevista, mas foi bem acertada. Analisando hoje percebo que se eu tivesse seguido com a programação teria sido um desastre. Todos perderiam a chance de aprender com a história e as atividades se seguiriam. Nesse sentido, Freire, (1996, p.43) afirma que: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática". Por isso, passarei a atividade prevista para a Segunda-feira dando sequencia ao nosso projeto, na espectativa de que o rendimento seja bem melhor..
Com esta dificuldade fui procurar texo que pudessem me orientar sobre esta situação para que eu pudesse ajudar esta aluna da melhor maneira possivel. Um dos textos mais interessantos que li segue diz que se a família não se manter bem segura e participar ativamente da adaptação do aluno, ele terá muito mais dificuldades para se acostumar e entender tal situação. Ao ler este texto entendi a dificuldade da Rafaela pois sua mãe demonstra muita insegurança quanto a deixá-la na escola.
http://www.webartigos.com/articles/24544/1/ADAPTACAO-NA-EDUCACAO-INFANTIL--------------/pagina1.html