Após ler os textos propostos na atividade 2 de ECPP pude fazer uma análise da maneira como eu estou me envolvendo com os assuntos ligados as transformações que quero para a educação. Deixei de participar de um fórum realizado pelos professores em Parobé com o apoio do Cepergs, por medo, por fraqueza, por indecisão. Não avaliei realmente o que este forum que recebeu o nome de "FÓRUM DE LIVRE EXPRESSÃO DA EDUCAÇÃO", representa para as mudanças de que tanto falamos. Segue o Trecho da atividade 2 ECPP "Continuando minhas reflexões, me deparei, com uma situação pela qual estamos passando (“....De forma semelhante, o debate oferece aos professores a oportunidade de se organizarem coletivamente para melhorar as condições em que trabalham, e demonstrar ao público o papel fundamental que eles devem desempenhar em qualquer tentativa de reformar as escolas públicas PROFESSORES COMO INTELECTUAIS TRANSFORMADORES HENRY A. GIROUX). O texto nos mostra a necessidade dos professores serem intelectuais atuantes e críticos das suas próprias situações, para assim podermos criar condições adequadas para a transformação dos nossos alunos em seres pensantes, críticos e atuantes em nossa sociedade.No entanto, alguns dias atrás, ocorreu em nosso município um fórum de livre expressão em prol de uma educação de qualidade no município, organizado por um grupo de professores. Claro que os governantes não gostaram nada disso, e resolveram que os professores teriam seu ponto cortado caso participassem da manifestação. (“...Pode-se, desse modo, sintetizar que a cultura do silêncio é o resultado de relações estruturais entre os dominados e o dominador, “a metrópole fala e a sociedade dependente escuta” (p. 65). CONSCIENTIZAÇÃO COM BASE EM PAULO FREIRE Jerônimo Sartori Elizabeth Diefenthaeler Krahe).Em minha escola somente uma professora participou, os demais onde me incluo tiveram medo de perder além do dia de trabalho, também seus empregos – (“... O aparecimento da consciência popular como uma forma de superar a “cultura do silêncio” faz emergir a consciência “transitiva” disposta a perceber sua existência ambígua nas condições objetivas da sociedade, que progressivamente imprime um novo dinamismo às dimensões da vida social. Inicia-se, dessa forma, o desmascaramento das elites pela percepção das contradições, dos conflitos, da aceitação de esquemas pré-fabricados e importados. Aniquilam-se, também, as lideranças populistas, cuja função principal consistia na manipulação política das massas” CONSCIENTIZAÇÃO COM BASE EM PAULO FREIRE Jerônimo Sartori Elizabeth Diefenthaeler Krahe).Agora lendo o texto questiono a minha fraqueza, pois como posso querer que meus alunos tenham uma postura critica, opinem sobre as mais diversas questões, se eu mesma não participo ativamente da construção de uma educação de qualidade? Se eu mesma aceito calada, sem questionar que a diretora da escola onde trabalho nos faça uma pressão psicologia para nos intimidar a não participar destas tranformações? E o pior, aceitar que colegas digam que estas mudanças não servem para nada, que está muito bom como esta?Não é este tipo de compromisso educacional que eu quero. Entendo meu erro e assumo o compromisso de negar o conformismo e trabalhar para a criação de uma educação voltada para a reflexão critica e transformadora das condições de ensino em nossa comunidade. Acredito que um dos primeiro passos é ser mais critica quanto ao modo de trabalho da minha escola e a minha própria postura. Deixar de aceitar que a direção defina o que deve ser trabalhado durante o ano em sala de aula, como foi feito este ano onde o calendário nos foi entregue já pronto e não houve nenhum questionamento por parte dos professores(“Diferente de muitos movimentos de reforma educacional do passado, o atual apelo por mudança educacional apresenta aos professores tanto uma ameaça quanto um desafio que parecem sem precedentes na história de nossa nação. A ameaça vem na forma de uma série de reformas educacionais que mostram pouca confiança na capacidade dos professores da escola pública de oferecerem uma liderança intelectual e moral para a juventude de nosso país. Por exemplo, muitas das recomendações que surgiram no atual debate ignoram o papel que os professores desempenham na preparação dos aprendizes para serem cidadãos ativos e críticos, ou então sugerem reformas que ignoram a inteligência, julgamento e experiência que os professores poderiam oferecer em tal debate. Quando os professores de fato entram no debate é para serem objeto de reformas educacionais que os reduzem ao status de técnicos de alto nível cumprindo ditames e objetivos decididos por especialistas um tanto afastados da realidade cotidiana da vida em sala de aula PROFESSORES COMO INTELECTUAIS TRANSFORMADORES HENRY A. GIROUX)
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